Projeto Wake Up – Patinter já realizou 360 rastreios da síndrome da apneia obstrutiva do sono

13 / 05 / 2019
Projeto Wake Up – Patinter já realizou 360 rastreios da síndrome da apneia obstrutiva do sono


Sendo a classe dos motoristas um grupo de risco – uma vez que esta patologia pode ter impacto direto no número de acidentes de viação – a Patinter decidiu alargar o projeto "Wake Up" à sua unidade da Maia.

A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) representa um bloqueio ao nível das vias aéreas superiores (VAS) durante o sono, o que, em última instancia, causa uma grande instabilidade e não permite um sono restaurador. Tendo esta patologia, o paciente terá tendência para sofrer de hiperssonolência diurna (HDS), o que pode provocar acidentes de viação e de trabalho, mas também alterações de memória e de relacionamento familiar e social.  

Conscientes desta realidade – que afeta mais homens (24%) do que mulheres (9%) – a Patinter reuniu uma equipa especializada neste domínio, que envolve a empresa Linde Saúde (na fase de rastreio), médicos pneumologistas dos Hospitais de Viseu e Gaia/Espinho (na fase de observação dos motoristas que apresentam SAOS), e, ainda as equipas de medicina ocupacional e recursos humanos da Patinter.

Num total de 300 rastreios SAOS e 65 estudos do sono realizados no grupo Patinter (Mangualde e Maia), 23 motoristas estão já em processo de tratamento e cerca de uma dezena aguarda pelo início do mesmo, o que prova a pertinência deste projeto e o impacto real que tem na qualidade de vida destes profissionais. Os rastreios são agendados junto do Departamento de Saúde Ocupacional da Patinter e, uma vez por ano (geralmente no Dia Mundial do Sono), o rastreio é alargado aos familiares diretos dos colaboradores.

Os sintomas mais comuns da patologia são o ronco, a apneia e asfixia noturna, a transpiração e a vontade excessiva de urinar (durante a noite), assim como a fadiga, a sonolência, a secura matinal na boca e as alterações de humor e de concentração (durante o dia).

O combate à SAOS pode passar pelo tratamento comportamental (perda de peso, terapia posicional, evicção elítica e administração de sedativos antes de dormir) ou pelo uso contínuo de um dispositivo gerador de fluxo (Continuous Positive Airway Pressure – CPAP), que proporciona uma pressão constante nas vias aéreas superiores (VAS), através do uso de uma máscara durante o sono.

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